sábado, julho 07, 2007

Crítica: Trust the Man

"Trust the Man" é um filme de 2006, mas só recentemente chegou às nossas salas de cinema sob o nome "Jogos de Infidelidade", trazido por Bart Freundlich.
O filme conta a história de 2 casais em diferentes casos de infidelidade que cada um deles comete, acabando por ir deixando marcas na vida dos personagens.


Após cenas de traição, os homens deparam-se com a realidade de que amam mesmo as suas mulheres e fazem de tudo para as ter de volta, acabando num culminar em que eles expressam em público tudo o que sentem pelas mulheres.

Fui ver o filme ao cinema porque o trailer mostrava um filme em que a infidelidade era demonstrada de uma forma algo cómica, mas estava eu muito enganado... O filme, para mim, foi uma completa desilusão, não só no argumento, mas também na representação e mesmo na fotografia. Podia ser problema das máquinas de projecção da sala de cinema, mas a fotografia era pobre, pelo visual não me agarrou. Esperava soltar mais gargalhadas com a película, mas poucas foram e algumas um bocado forçadas.

O elenco é composto por nomes conhecidos de Hollywood, como
Julianne Moore, David Duchovny, Maggie Gyllenhall e num plano menos conhecido, pelo menos por mim, Billy Crudup. Também a bela Eva Mendes num papel mais secundário.

Check Out The Trailer

terça-feira, maio 22, 2007

Crítica: Sunshine

Num futuro pré-apocalíptico em que um Sol moribundo deixa a Terra num inverno permanente, ameaçando toda a sua vida, uma equipa de especialistas faz aquela que poderá ser a última viagem das suas vidas, numa tentativa desesperada de reactivar a estrela.


Tendo a missão sido considerada falhada, uma nova equipa é enviada a bordo de uma nova nave para tentar, pela última vez possível, o que a anterior não conseguiu alcançar. Durante a viagem, a nave da primeira missão é encontrada e, na tentativa de determinar quais as causas da falha dessa missão, começam os problemas com a actual.

Bastante razoável no que toca a efeitos especiais, e com conceitos muito interessantes sobre tecnologias futuras, este filme apresenta-se ao espectador como uma lição sobre perseverança, autocontrolo, o bem maior e a luta entre a fé e a loucura, conseguindo criar intensos momentos de suspense.

Um filme escrito por Alex Garland e dirigido por Danny Boyle com algumas caras conhecidas como Cliff Curtis (de Collateral Damage), Chris Evans (de Fantastic Four), Troy Garity (de Perfume) e Cillian Murphy de Red Eye).

Indeciso? Não esteja. Veja.


So if you wake up one morning and it's a particularly beautiful day, you'll know we made it.

sábado, maio 12, 2007

Crítica: Copying Beethoven

Anna Holtz (Diane Kruger) é uma jovem compositora em busca de inspiração em Viena, que é destacada pelo conservatório, onde se encontra a estudar, para copiar as composições de um dos maiores génios da música clássica - Ludwig van Beethoven (Ed Harris).


"Copying Beethoven" é um filme de Agniezka Holland com um poder auditivo fabuloso, ouvir as grandes composições de Beethoven enquanto nos mostram uma possível vida do génio aos olhos da sua jovem aprendiz, pela qual começa a ganhar cumplicidade. Vemos um Beethoven exigente e rude, um génio tem sempre um feitio difícil, porém com Anna Holtz ele age de forma diferente, é mais cuidado e preocupado.
Estamos diante de uma obra em que vemos a queda de um génio, quando tenta dar ao mundo algo que apenas ele consegue compreender, o público perde o gosto em ouvi-lo, nem a sua aprendiz compreende a sua obra, porque é caótica, mas mesmo assim ela permanece sempre ao seu lado, a tentar compreendê-lo e a aprender com ele.

Temos um trabalho excelente a nível fotográfico permitindo-nos obter não só uma experiência auditiva, mas sendo acompanhada por belas imagens e sequências.

Não se pode deixar de falar de uma representação digna da Diane Kruger, que me continua a dar razões para gostar do seu trabalho, desde de "Wicker Park" de 2004.


Ludwin van Beethoven: The vibrations on the air are the breath of God speaking to man's soul. Music is the language of God. We musicians are as close to God as man can be. We hear his voice, we read his lips, we give birth to the children of God, who sing his praise. That's what musicians are.

Back from the dead...

Depois de 5 meses de desactivação, vamos cá ver se isto volta aos carris continuando o percurso cinematográfico que estava estipulado para o blog. As críticas vêm quando houver material para isso, e como agora com a época de queima a acabar e os exames a começar serão provavelmente raras.

Sempre nos disseram que era um projecto fixe para fazer, e por isso está decidido em limpar a poeira e pôr isto a funcionar de novo.

domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal

O Cantinho da Pipoca deseja a todos os seus vistantes um Feliz Natal junto dos que são mais queridos.

Feliz Natal e Ano Novo cheio de boas surpresas.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Crítica: 007 Casino Royale

Tendo acabado de ser promovido, o Comandante Bond expõe-se demasiado numa missão, no início da sua carreira como 00 ("double-o"), envolvendo os serviços secretos britânicos num pequeno escândalo internacional que poderia ter custado o sucesso da missão e terminado a sua carreira como 007. O escândalo é esquecido e a missão continua. Desta feita, Bond (Daniel Craig) tem que conseguir caçar o chamado "banqueiro dos terroristas", Le Chiffre (Mads Mikkelsen), tentando fazê-lo pela sua fraqueza: o jogo. Le Chiffre (que se traduz do francês como "O Número", não por acaso) anda a apostar o dinheiro dos terroristas e James Bond tenciona usar isso a seu favor, não só para caçar Le Chiffre como também para chegar ao topo da cadeia.


Começando muito mais frio e calculista, o novo James Bond surpreendeu, mostrando-se mais impiedoso e menos discreto. Desta vez com uma figura mais próxima de um lutador de boxe, Bond acaba por usar mais o corpo e menos as armas. Este novo filme da série 007 fascinou por fugir ao óbvio. Desprezando-se quase completamente as habituais engenhocas, este filme diferenciou-se dos outros por parecer muito mais realista no desenrolar da história, independentemente dos efeitos, pois James Bond é retratado como mais susceptível às suas próprias falhas e a um mundo muito mais difícil de ser dominado, chegando a sofrer mais que em qualquer das histórias anteriores. Clichés como "salvo no último segundo" são usados com maior contenção, não deixando o filme desagradavelmente previsível. Como em qualquer filme de 007, não podia faltar o romance, que teve uma influência muito forte no decurso da história. Vesper Lynd (Eva Green) é uma figura a trabalhar para os serviços secretos num estatuto não operacional, acabando por ganhar um papel importante na missão, sendo ela a Bond Girl de destaque.
Casino Royale é a primeira história da colecção 007, da qual nada antes havia sido passado para o grande écran senão o título na paródia homónima de 1967, dirigida por Ken Hughes.

Não faltaram também o humor sarcástico geralmente carregado de teor machista e os momentos em que M (Judi Dench) e James Bond entram em colisão, intercalados com momentos que mais lembram uma mãe a acolher o filho pródigo no regresso a casa.
O resultado final foi um filme muito bom, acção q.b. e suspense. Valeu bem o custo do bilhete e das pipocas.


Vesper Lynd: It doesn't bother you; killing all those people?
James Bond: Well I wouldn't be very good at my job if it did.

Antevisão: Eragon

Depois do sucesso arrecadado por Christopher Paolini, o jovem de 24 anos, escritor da trilogia que foi iniciada por Eragon e seguida de Eldest, a sua imaginação é transposta para os ecrãs de cinema, por Stefen Fangmeier, estreando mundialmente dia 14 de Dezembro.


Eragon (Edward Speleers) é um jovem rapaz que encontra um ovo de dragão na Espinha perto da sua aldeia Carvahall. Esse acontecimento é o início de todo um desenrolar de eventos na vida de Eragon, indo descobrir mundos que ele pensava não passarem de histórias de embalar.

Deixo-vos com o trailer para ficarem com mais umas luzes sobre Alagaësia.

sábado, dezembro 09, 2006

Crítica: The Devil Wears Prada


Com esperança de trabalhar como jornalista em Vanity Fair ou The New Yorker, Andrea (Anne Hathaway) dá por si como assistente pessoal de Miranda (Meryl Streep), a directora da revista Runway que rege a moda por todo o mundo. Suportando os pedidos excêntricos e humilhantes da patroa apenas pela razão de que ao fim de um ano de trabalho como assistente possa ser aceite mais facilmente noutra revista a seu gosto.
Ao longo do tempo, Andrea revela-se a assistente pessoal perfeita, sendo inteligente e mudando o seu visual e atitude para agradar Miranda. Porém, quanto mais Andrea se envolve com o trabalho, mais descuida as suas relações pessoais.

"The Devil Wears Prada" é uma comédia, sob a realização de David Frankel, que prima pela representação da premiada Meryl Streep e também pela desastrada, mas muito glamorosa personagem de Anne Hathaway. Apesar de não ser um filme que consegue atingir grandes gargalhadas do público, é a comédia residente nos pedidos feitos por Miranda a Andrea que move o filme, transportando consigo uma mensagem de como nos devemos manter fiéis aos nossos princípios. Andrea com a aprovação da patroa ao longo do filme, vai ficando "cega" pelo que atinge com o seu cargo e acaba por, inconscientemente, ferir os sentimentos das pessoas que se opõem ou atravessam no seu caminho.

Além das actrizes Meryl Streep e Anne Hathaway, contamos no elenco com Stanley Tucci e Emily Blunt. Podemos ver também participações de nomes conhecidos da moda como Giselle Bundchen e Valentino.


Miranda Prestley: I never thought I would say this, Andrea... but I really see a great deal of myself in you. You can see beyond what people want and what they need... and you can choose for yourself.
Andrea: I don't think I'm like that.


Crítica: V For Vendetta


Num cenário futurista da Grã-Bretanha totalitária, "V for Vendetta" conta a história de Evey (Natalie Portman) uma jovem que é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado conhecido por V (Hugo Weaving).

V é um mestre do disfarce, na arte de combate e revela um carisma incomparável, este personagem desencadeia uma revolução contra a tirania e opressão do poder levando os cidadãos a acordarem para modificarem o regime a que estão impostos. Enquanto Evey vai descobrindo a verdadeira história de V, também vai revelando o seu verdadeiro "eu" e une-se a V para trazer justiça e liberdade a uma sociedade envolta em crueldade e corrupção.

V for Vendetta tem como objectivo lançar uma mensagem política com a premissa de que não devemos ter medo do governo, mas este deve temer o seu povo. É com esta premissa que a acção do filme se desenrola. Não obstante a ser a estreia de James McTeigue na realização, o filme possui uma forma espectacular, não só visual como também intelectual, pois faz com que pensemos não só no nosso próprio governo, mas principalmente nos casos que temos presenciado globalmente.

A nível visual é um filme que enche bastante os nossos olhos, havendo domínio do vermelho e preto marcando assim a revolução e o mistério de V. Também nos é apelado ao emocional pelas histórias que vão sendo cruzadas, pois não é um filme que retrata a relação V e Evey contra o governo, mas sim um povo inteiro a debater pelas mesmas causas, como tal vemos que várias pessoas que lutam pela liberdade são inocentemente eliminadas por essa razão.

Em relação ao elenco temos representações favoráveis, contando com Natalie Portman, Hugo Weaving e Stephen Rea.

Check Out The Trailer

[after a hail of gunfire doesn't stop V]
Creedy: Die! Die! Why won't you die?... Why won't you die?
V: Beneath this mask there is more than flesh. Beneath this mask there is an idea, Mr. Creedy, and ideas are bulletproof.


Abertura do nosso Cantinho da Pipoca

Apesar d'O Cantinho ainda estar em configurações em relação ao visual, vamos começar a escrever os nossos pequenos artigos cinematográficos.

O Cantinho da Pipoca, com a ajuda de dois membros (myself e o João), tem como objectivo criar algo parecido com uma revista cinematográfica contendo críticas de filmes, artigos sobre técnicas cinematográficas, novidades, trailers, biografias... Ao longo do percurso d'O Cantinho vamos definindo a imagem e esquematizando conteúdos.

Lembro que nenhum de nós é um "expert" em cinematografia mas ambos gostamos de ver cinema e de escrever.